Mundos Paralelos - Capítulo 3 - 3.5
3.5
Ponto de Apoio, 5 de maio de 2013.
De manhã, no iglu de moradia, mais confortável do que a nave; e para onde já tinham mudado seus pertences, os antárticos tomavam o café da manhã; sentados em cadeiras de lona ao redor da mesa desdobrável.
–Hoje começaremos a atravessar a selva.
–Pode haver feras...– observou Inge – Por quê não explorá-la do ar?
–É tão fechada que não veríamos nada. Usaremos o Engesa que é bem seguro.
–A região é baixa e há água – Interveio Lúcio – o solo deve ser uma esponja.
–Precisamos encontrar água aproveitável – acrescentou Nico.
–Pela forma da Mancha, pode tratar-se de um rio bordejado de vegetação. E que vegetação! – disse Boris – Pelo que vimos do ar, a Mancha é maior no norte, um triângulo que indica rios que convergem no principal e essa água vem para o sul.
–A largura da parte próxima é de 40 kms – interveio Nico.
–Não a atravessarão num dia – disse Regina, entrando com um bule de café.
–Pois é – diss
e Aldo, servindo-se café – o Engesa é amplo o bastante como para morar nele. Mesmo assim, levaremos a burbuja com o escudo portátil para o caso de que tenhamos que abandonar o Engesa por mais de um dia.
–Seria conveniente levar o barco – sugeriu Marcos, saboreando seu café.
–Seria bom ir bem armados – disse Lúcio – pistolas e facas.
–Boa idéia – disse Aldo – Lúcio levará a bazooka e Boris o fuzil de longo alcance. Marcos e eu levaremos fuzis de assalto com infravermelho, lança-granadas e mira laser, cortesia do Esquadrão Shock.
–Usaremos os trajes leves – disse Lúcio – regulador térmico, compressor de oxigênio local e ar de reserva. O Engesa está equipado com beliches, latrina, oxigênio, água, painel solar, GPS, computador, rádio e parabólica dobrável.
–Sem esquecer de facões para abrir a mata – sugeriu Boris, experiente.
–Tenho uma idéia melhor – disse Lúcio – Há material para fazer um cortador de grama sofisticado. Tive a idéia agora mesmo.
Lúcio despejou seu lado da mesa e abriu o computador. Com dedos rápidos preparou um desenho do Engesa equipado com uma trilhadeira em forma de bico, um limpa-trilhos como das antigas locomotivas; para limpar a frente, com duas lâminas giratórias móveis em posição horizontal para cortar mato.
–Você é um gênio, Lúcio – disse Aldo.
–Sim, eu sei disso. Após o café, vou desmontar a embalagem do Engesa e verei o que mais posso aproveitar – disse Lúcio, fechando a tampa do computador.
Os antárticos trabalharam dois dias montando e soldando o equipamento. Além do limpa-trilhos, colocaram duas serras circulares, para cortar os troncos mais grossos, e dois lasers de 5mm em duas pequenas estruturas giratórias, na frente, para que funcionassem como tesoura, cortando vegetação mais rebelde.
–Não acham que esses raios vão queimar a floresta? – perguntou Marcos.
–Não há oxigênio para tanto – interveio Boris – fiz experiências; o fogo apaga logo. A madeira deve estar muito seca para queimar. O ar é seco, mas floresta é úmida por dentro. Teve milhões de anos para aprender a segurar líquido neste clima hostil.
–Vamos destruir a mata, Aldo! – exclamou Nico.
–Vamos, sim.
–E a ecologia, como é que fica?
–Deixe essa preocupação para nossos bisnetos marcianos daqui a cem anos.
*******.–Hoje começaremos a atravessar a selva.

–Pode haver feras...– observou Inge – Por quê não explorá-la do ar?
–É tão fechada que não veríamos nada. Usaremos o Engesa que é bem seguro.
–A região é baixa e há água – Interveio Lúcio – o solo deve ser uma esponja.
–Precisamos encontrar água aproveitável – acrescentou Nico.
–Pela forma da Mancha, pode tratar-se de um rio bordejado de vegetação. E que vegetação! – disse Boris – Pelo que vimos do ar, a Mancha é maior no norte, um triângulo que indica rios que convergem no principal e essa água vem para o sul.
–A largura da parte próxima é de 40 kms – interveio Nico.
–Não a atravessarão num dia – disse Regina, entrando com um bule de café.
–Pois é – diss

–Seria conveniente levar o barco – sugeriu Marcos, saboreando seu café.
–Seria bom ir bem armados – disse Lúcio – pistolas e facas.
–Boa idéia – disse Aldo – Lúcio levará a bazooka e Boris o fuzil de longo alcance. Marcos e eu levaremos fuzis de assalto com infravermelho, lança-granadas e mira laser, cortesia do Esquadrão Shock.
–Usaremos os trajes leves – disse Lúcio – regulador térmico, compressor de oxigênio local e ar de reserva. O Engesa está equipado com beliches, latrina, oxigênio, água, painel solar, GPS, computador, rádio e parabólica dobrável.
–Sem esquecer de facões para abrir a mata – sugeriu Boris, experiente.
–Tenho uma idéia melhor – disse Lúcio – Há material para fazer um cortador de grama sofisticado. Tive a idéia agora mesmo.
Lúcio despejou seu lado da mesa e abriu o computador. Com dedos rápidos preparou um desenho do Engesa equipado com uma trilhadeira em forma de bico, um limpa-trilhos como das antigas locomotivas; para limpar a frente, com duas lâminas giratórias móveis em posição horizontal para cortar mato.
–Você é um gênio, Lúcio – disse Aldo.
–Sim, eu sei disso. Após o café, vou desmontar a embalagem do Engesa e verei o que mais posso aproveitar – disse Lúcio, fechando a tampa do computador.
Os antárticos trabalharam dois dias montando e soldando o equipamento. Além do limpa-trilhos, colocaram duas serras circulares, para cortar os troncos mais grossos, e dois lasers de 5mm em duas pequenas estruturas giratórias, na frente, para que funcionassem como tesoura, cortando vegetação mais rebelde.
–Não acham que esses raios vão queimar a floresta? – perguntou Marcos.
–Não há oxigênio para tanto – interveio Boris – fiz experiências; o fogo apaga logo. A madeira deve estar muito seca para queimar. O ar é seco, mas floresta é úmida por dentro. Teve milhões de anos para aprender a segurar líquido neste clima hostil.
–Vamos destruir a mata, Aldo! – exclamou Nico.
–Vamos, sim.
–E a ecologia, como é que fica?
–Deixe essa preocupação para nossos bisnetos marcianos daqui a cem anos.
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