Mundos Paralelos - Capítulo I - 1.17

1.17 Na Lua não há atmosfera e os sons não se propagam. A explosão foi mortalmente silenciosa, mas foi possível ver o clarão. Pedaços de metal, gente, pedras, mo bília e pó, subiram no alto e espalharam-se em redor; pela expansão violenta de tudo o ar contido no edifício de dez andares; como uma grande flor redonda e mortal. A Antílope limitou-se a pairar sobre a superfície lunar. O pó ainda não tinha se assentado, ainda caiam objetos, pedaços de metal, móveis e pedaços de pessoas. Do profundo de uma ravina, onde se escondera para não ser atingido pela onda de choque, surgiu Leif, voando com um pequeno impulsor. –Sou eu, amigos! Olhem para abaixo! –Suba a bordo, Leif – disse Aldo. – Pensamos que estava morto. –Quase. Não conhecem a nave tão bem quanto eu. Peguei este impulsor, entrei na escotilha e fugi. Deixaram um sujeito para vigiar-me, mas consegui distraí-lo. –Quantos são? –Quatro. Eram três e pegaram mais um na base. Deve ser o sabotador. –Vamos ver se há sobreviventes. –É perda ...