Mundos Paralelos - Capítulo I - 1.5

1.5

Um veículo reboque saiu do hangar e os funcionários engancharam o avião e o puxaram para dentro.

As portas externas fecharam-se e o barulho do vento e o frio ficaram do lado de fora.

Uma porta menor abriu-se do lado de dentro e entrou um jovem musculoso, não muito alto; de cabelo preto e olhos castanhos, ao tempo em que Mara desembarcava antes das outras.


–Mara! Quê saudade!
–Aldo! Você está pálido, querido – disse ela beijando-o.
–Você está bem bronzeada. O Brasil lhe fez bem.

Inge aproximou-se sorridente.
–Aldo, amor!
–Você está bonita como sempre, minha Reverenda!
Beijaram-se e ela disse, olhando-o de cima abaixo:
–Mara tem razão, você está pálido demais.
–Os recém chegados sempre notam – confirmou Aldo – Aqui nos subterrâneos não temos mais sol do que o das lâmpadas solares.
–Deveriam usá-las, querido – disse Regina.
–Estamos trabalhando no projeto, querida. Não sobra tempo para descanso.
Regina beijou seu amigo, que acariciou seu cabelo loiro cortado a la garçom. Todos eles foram criados juntos desde os tempos da escola, como uma família.
–Saudades, muitas saudades, querido.
–Eu também.
As gémeas abraçaram-no com carinho.
–Sejam bem vindas, meninas – disse ele, recompondo-se – quero mostrar em que ocupamos nosso tempo. Venham!
Passaram a um amplo túnel, onde esperava um veículo elétrico. Embarcaram e partiram, cruzando com veículos similares que circulavam velozmente, até chegarem a
uma bifurcação onde havia dois letreiros em espanhol:


CIUDAD ANTÁRTICA e ASTROPUERTO.



Aldo entrou no segundo túnel. Regina disse:
–Já sei, vamos ver a nave.
–As naves, Regina – replicou ele.
–Quantas há? – perguntou Inge.
–Dez. Mas só uma está equipada.
–Foram testadas? – perguntou Mara.
–Sim. Não poderiam ser melhores.
–Quando decolaremos?
–Em vinte de março. Já começamos a contagem regressiva.
A exclamação em coro das garotas foi ofuscada pelo barulho dos freios.
*******


(continua)
Click nas imagens para aumentar

Comentários

Postar um comentário

Responderei a todos os comentários.
Não se acanhe por causa da moderação. Se gostou, comente. Se não gostou critique, mas critique com criatividade, assim pode ser que seu comentário permaneça no blog por tempo suficiente para todos verem.
(As opiniões dos comentários não necessariamente refletem as minhas e às vezes nem as do autor dos comentários...)

Postagens mais visitadas deste blog

Visita Sarracênica a São Paulo.

Divagações sobre 2012

Gilgamesh, O imortal - Continuação - O fim do horror