Mundos Paralelos - Capítulo 3 - 3.16
3.16
16 de maio, noite.
–Quero saber mais sobre a água – Nico estava concentrado só nisso. Tinha visto o exame e queria mais elementos para tirar suas conclusões.
Aldo, do outro lado do canal, divertia-se com a ansiedade do camarada:
–Não a bebemos, mas lavamos a roupa interior. Na burbuja três tiramos a roupa e outro a lavou lá fora. Com este ar, seca em meia hora. Para o corpo usamos esponja com poliágua descomprimida. Não te preocupes, somos econômicos.
–Engenhosos, meus machões! – exclamou Regina – Queria ter ido junto com vocês para vê-los todos pelados!
–Gracinha! – disse Boris – Se viesses, te faria lavar nossas cuecas fedorentas!
–Chato!
–E a vida animal? – perguntou Nico, sem senso de humor, como todo médico.
–Deste lado há formigas gigantes, diferentes das do outro lado; vinham em caravana e retrocedemos. Boris disparou balas explosivas, que deixaram manchas na carcaça dos bichos; sem ocasionar-lhes dano. Lúcio disparou um foguete; enquanto Boris atingiu os olhos. Ficavam cegas e atacavam às companheiras.
–Parece um jogo de videogame – disse Regina.
–Para nós não; querida. Lúcio disparou de novo e voaram garras, mandíbulas patas... Ao terceiro disparo, retrocederam. Seguimos adiante e cada vez que aparecia alguma, atirávamos aos olhos, para atingir-lhe o cérebro. Descobrimos que a pistola marciana tem vinte tiros em cada pente, com uma marca. Economizamos a arma para usá-la só se for realmente necessário.
–Deixam uma trilha de cartuchos vazios – disse Regina. – Não sei se é bom.
–Não é um passeio campestre, querida, estamos aqui para estabelecer-nos ou morrer na empreitada. Lembras o que me dissestes quando tinhas 15 anos; no dia em que entrastes para o grupo, lá no Brasil?... “Prefiro morrer a aceitar a marca”

–Sim, foi isso.
–E eu te amei por isso, querida amiga, e te amei ainda mais, quando adulta, decidiste vir conosco para a linha de frente.
–Sei disso e também te amo, Aldo.
–Se falharmos; nossos inimigos terão vencido. Não me importa passar por cima dos marcianos para criar um lar aqui, nem que tenha que lhes esterilizar a espécie. A primeira opção é estabelecer-nos pacificamente. Mas estou disposto a
acabar com eles, se preciso for. Temos poder atômico de fogo para varrer-lhes as
cidades e exterminar até o último marciano, não importa que suas pistolas tenham mais poder do que uma granada de morteiro.
–Acho que eu sou mole e boba, Aldo!
–Tu és uma pessoa normal...
–Acho que sou.
–Os humanos normais são intrinsecamente bons, sem maldade, não pensaram mal da maldita anti-raça que domina o mundo e impôs a Marca. Ficaram indefesos perante sua perversidade até que foi tarde demais. Quando eles tiraram a máscara, vimos que éramos escravos e não sabíamos.
–Para dar a razão aos nossos Mestres!
–Por isso estamos aqui, Regina querida, lutando por espaço vital para nosso povo que não aceitou ser marcado como gado...
–Vão gastar a bateria filosofando? – disse Boris – Além disso, seu cretino, ela é minha namorada, não sei se notastes...!
–Certo Boris – concordou Aldo rindo – Tchau, Regina! Aldo desliga.
–Tchau, Aldo, tchau Boris, meu amor... Marcos, Lúcio... Considerem-se todos vocês beijados, amores. Regina desliga.
–Quero saber mais sobre a água – Nico estava concentrado só nisso. Tinha visto o exame e queria mais elementos para tirar suas conclusões.
Aldo, do outro lado do canal, divertia-se com a ansiedade do camarada:
–Não a bebemos, mas lavamos a roupa interior. Na burbuja três tiramos a roupa e outro a lavou lá fora. Com este ar, seca em meia hora. Para o corpo usamos esponja com poliágua descomprimida. Não te preocupes, somos econômicos.
–Engenhosos, meus machões! – exclamou Regina – Queria ter ido junto com vocês para vê-los todos pelados!
–Gracinha! – disse Boris – Se viesses, te faria lavar nossas cuecas fedorentas!
–Chato!
–E a vida animal? – perguntou Nico, sem senso de humor, como todo médico.
–Deste lado há formigas gigantes, diferentes das do outro lado; vinham em caravana e retrocedemos. Boris disparou balas explosivas, que deixaram manchas na carcaça dos bichos; sem ocasionar-lhes dano. Lúcio disparou um foguete; enquanto Boris atingiu os olhos. Ficavam cegas e atacavam às companheiras.
–Parece um jogo de videogame – disse Regina.
–Para nós não; querida. Lúcio disparou de novo e voaram garras, mandíbulas patas... Ao terceiro disparo, retrocederam. Seguimos adiante e cada vez que aparecia alguma, atirávamos aos olhos, para atingir-lhe o cérebro. Descobrimos que a pistola marciana tem vinte tiros em cada pente, com uma marca. Economizamos a arma para usá-la só se for realmente necessário.
–Deixam uma trilha de cartuchos vazios – disse Regina. – Não sei se é bom.
–Não é um passeio campestre, querida, estamos aqui para estabelecer-nos ou morrer na empreitada. Lembras o que me dissestes quando tinhas 15 anos; no dia em que entrastes para o grupo, lá no Brasil?... “Prefiro morrer a aceitar a marca”

–Sim, foi isso.
–E eu te amei por isso, querida amiga, e te amei ainda mais, quando adulta, decidiste vir conosco para a linha de frente.
–Sei disso e também te amo, Aldo.
–Se falharmos; nossos inimigos terão vencido. Não me importa passar por cima dos marcianos para criar um lar aqui, nem que tenha que lhes esterilizar a espécie. A primeira opção é estabelecer-nos pacificamente. Mas estou disposto a
acabar com eles, se preciso for. Temos poder atômico de fogo para varrer-lhes as
cidades e exterminar até o último marciano, não importa que suas pistolas tenham mais poder do que uma granada de morteiro.
–Acho que eu sou mole e boba, Aldo!
–Tu és uma pessoa normal...
–Acho que sou.
–Os humanos normais são intrinsecamente bons, sem maldade, não pensaram mal da maldita anti-raça que domina o mundo e impôs a Marca. Ficaram indefesos perante sua perversidade até que foi tarde demais. Quando eles tiraram a máscara, vimos que éramos escravos e não sabíamos.
–Para dar a razão aos nossos Mestres!
–Por isso estamos aqui, Regina querida, lutando por espaço vital para nosso povo que não aceitou ser marcado como gado...
–Vão gastar a bateria filosofando? – disse Boris – Além disso, seu cretino, ela é minha namorada, não sei se notastes...!
–Certo Boris – concordou Aldo rindo – Tchau, Regina! Aldo desliga.
–Tchau, Aldo, tchau Boris, meu amor... Marcos, Lúcio... Considerem-se todos vocês beijados, amores. Regina desliga.
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