Mundos Paralelos - Capítulo 3 - 3.13
3.13
14 de maio, à noite.
Na base havia muito a fazer.
As garotas demarcaram alicerces para as futuras construções.
Nico analisou solo e vegetais para facilitar o trabalho das equipes que viri
am. Ao anoitecer reuniram-se ao redor do terminal plugado na nave, já que ainda era cedo para descarregar o supercomputador do container em órbita.
Os exploradores comunicavam-se com eles nesse horário, descarregavam o diário e as imagens no sistema. Após comunicar-se com as naves, entraram em contato com os exploradores.
–Há novidades – disse Aldo – Estamos na burbuja. Marcos serviu cubos de frango, arroz integral, batata e salada. Para beber, suco de laranja e para sobremesa pudim. Depois do jantar vamos
dormir e amanhã retomar a caminhada.
–Mas e as novidades? – perguntou Inge.
–Encontramos o primeiro exemplar da raça inteligente dominante do planeta, mas estava morto. O relatório deve estar entrando no sistema.
–Morto? Por qual motivo? – perguntou Regina.
–Uma lança de madeira com ponta de ferro, cravada no peito. Evidentemente não foi morto pelos aquáticos, talvez por outra tribo mais ao norte de onde nos encontramos. Os aquáticos só tinham machados de pedra. Pelo jeito, meninas; ele é... Era, macho, como podem ver. O enterramos porque estava em decomposição. Deve ter sido morto rio acima e veio boiando para cá bem na hora em que nos preparávamos para ir embora. Foi um golpe de sorte, prova de que os deuses estão
zelando por nós. Não é, Reverenda?
–Estão, sim – disse Inge, a sacerdotisa odínica.
–Ficamos com seus pertences por que ele agora não vai necessitá-los. Os papéis que tinha nos bolsos seguem para o sistema, meninas.
–Verei isso – disse Regina – talvez consiga decifrar a escrita.
–Tinha quatro carregadores e uma pistola grande que parece uma Luger. Lúcio manipulou-a até descobrir o funcionamento. Dispara uma luz que parece laser, porém seu efeito é diferente, onde bate, provoca uma explosão e abre um buraco.
–Energia dirigida?
–Terrível, como um phaser dos cinzentos que Valerión andou testando tempos atrás. Com a arma abri um buraco no chão para enterrar o marciano. Vamos continuar para o leste até o centro urbano que vimos do espaço.
–Eles têm armas superiores às nossas. Isso me preocupa.
–A bazooka faz a mesma destruição. Não seria por isso, mas aparentemente não somos esperados. Estes não são aborígines mas contamos com o fator surpresa.
–Se eles detectarem vossa presença, com essas armas...
–Se nos detectassem já nos teriam destruído, aqui não há controle aéreo como
na Terra, com ditadura e tudo.
–Continuando a pé vocês estão indefesos.
–Não se preocupe.
–Tenho motivos, não acha? Estão a pé em território desconhecido, com dono!
–É melhor assim, não levantamos poeira nem fazemos barulho.
–Não é por mim, seu marmanjo, senão pelas garotas, olhe para elas.
Por trás de Nico, na tela apareciam os rostos das garotas, apreensivas.
As garotas demarcaram alicerces para as futuras construções.
Nico analisou solo e vegetais para facilitar o trabalho das equipes que viri

Os exploradores comunicavam-se com eles nesse horário, descarregavam o diário e as imagens no sistema. Após comunicar-se com as naves, entraram em contato com os exploradores.
–Há novidades – disse Aldo – Estamos na burbuja. Marcos serviu cubos de frango, arroz integral, batata e salada. Para beber, suco de laranja e para sobremesa pudim. Depois do jantar vamos

–Mas e as novidades? – perguntou Inge.
–Encontramos o primeiro exemplar da raça inteligente dominante do planeta, mas estava morto. O relatório deve estar entrando no sistema.
–Morto? Por qual motivo? – perguntou Regina.
–Uma lança de madeira com ponta de ferro, cravada no peito. Evidentemente não foi morto pelos aquáticos, talvez por outra tribo mais ao norte de onde nos encontramos. Os aquáticos só tinham machados de pedra. Pelo jeito, meninas; ele é... Era, macho, como podem ver. O enterramos porque estava em decomposição. Deve ter sido morto rio acima e veio boiando para cá bem na hora em que nos preparávamos para ir embora. Foi um golpe de sorte, prova de que os deuses estão
zelando por nós. Não é, Reverenda?
–Estão, sim – disse Inge, a sacerdotisa odínica.
–Ficamos com seus pertences por que ele agora não vai necessitá-los. Os papéis que tinha nos bolsos seguem para o sistema, meninas.
–Verei isso – disse Regina – talvez consiga decifrar a escrita.
–Tinha quatro carregadores e uma pistola grande que parece uma Luger. Lúcio manipulou-a até descobrir o funcionamento. Dispara uma luz que parece laser, porém seu efeito é diferente, onde bate, provoca uma explosão e abre um buraco.
–Energia dirigida?
–Terrível, como um phaser dos cinzentos que Valerión andou testando tempos atrás. Com a arma abri um buraco no chão para enterrar o marciano. Vamos continuar para o leste até o centro urbano que vimos do espaço.
–Eles têm armas superiores às nossas. Isso me preocupa.
–A bazooka faz a mesma destruição. Não seria por isso, mas aparentemente não somos esperados. Estes não são aborígines mas contamos com o fator surpresa.
–Se eles detectarem vossa presença, com essas armas...
–Se nos detectassem já nos teriam destruído, aqui não há controle aéreo como
na Terra, com ditadura e tudo.
–Continuando a pé vocês estão indefesos.
–Não se preocupe.
–Tenho motivos, não acha? Estão a pé em território desconhecido, com dono!
–É melhor assim, não levantamos poeira nem fazemos barulho.
–Não é por mim, seu marmanjo, senão pelas garotas, olhe para elas.
Por trás de Nico, na tela apareciam os rostos das garotas, apreensivas.
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