Mundos Paralelos - Capítulo 2 - 2.6
(2.6)
16 de abril, período de descanso.
Mundos Paralelos ® – Textos: Gabriel Solis - Arte: André Lima.
Marcos e Lúcio estão de plantão, de pronto, a nave se sacode.
–Quê foi isso, Marcos? – sobressaltou-se Lúcio.
–Vejamos... – disse Marcos verificando os sensores – parece que algo bateu conosco... Já vi, há um tubo inferior de freio cegado por completo.
–Como aconteceu? Poderíamos explodir se tivéssemos que frear de repente.
–Algum cascalho sideral. Acorde o capitão, enquanto me preparo para sair.
Minutos depois, Aldo estava na ponte.
–Assuma o comando, Lúcio, Marcos e eu vamos sair.
Saíram amarrados por um cabo e caminharam na fuselagem com os calçados magnéticos, protegidos pelo escudo. Chegaram à proa de bombordo e desceram até o tubo inferior de freio do lado de estibordo.
–Um cascalho embutiu-se no tubo.
–Nós o atropelamos – disse Marcos olhando a enorme bola vermelha que era o seu destino e que apesar da velocidade, parecia parada no espaço – se fosse num tubo traseiro, ia achar que era uma ogiva nuclear que sobrou sem explodir.
–Nem brinque Marcos – seria o cúmulo que, mais isto, fosse por causa deles...
–Estamos bem longe deles agora, Aldo, esqueça isso!
–Tem razão.
–É isso aí, Aldo, atropelamos uma pedra que ia à mesma direção que nós, senão, o escudo inteligente a teria repelido. Tive
mos o azar de colhê-la com o buraco do freio. Precisamos reduzi-la a pó, vou a buscar alguma ferramenta.
–Certo. Olhe por onde caminha.
A observação parecia absurda, mas não era. Realmente era muito difícil caminhar pela superfície da lua, ou do lado de fora de uma nave espacial sem olhar para cima. Era impossível ser cego ao maravilhoso espetáculo de estrelas que havia acima e ao redor. Corria-se o risco de bater em algo ou enfiar o pé no buraco de um tubo secundário lateral... Ou no cano de descarga da privada.
–Aldo, observe o gravitómetro, mexeu-se!
–Isso significa que nossa viagem está chegando ao fim.
–Estamos dentro do campo gravitacional de Marte?
–Estamos bem próximos.
–Ótimo! Precisamos desligar o automático, pois Marte vai nos puxar cada vez com mais força, aumentando nossa velocidade, que já é enorme.
–Vamos pela ladeira abaixo – observou Aldo.
De imediato fizeram as verificações de praxe e os cálculos no simulador da manobra que deveria ser realizada para diminuir a velocidade e entrar em órbita.
–Quê foi isso, Marcos? – sobressaltou-se Lúcio.
–Vejamos... – disse Marcos verificando os sensores – parece que algo bateu conosco... Já vi, há um tubo inferior de freio cegado por completo.
–Como aconteceu? Poderíamos explodir se tivéssemos que frear de repente.
–Algum cascalho sideral. Acorde o capitão, enquanto me preparo para sair.
Minutos depois, Aldo estava na ponte.
–Assuma o comando, Lúcio, Marcos e eu vamos sair.
Saíram amarrados por um cabo e caminharam na fuselagem com os calçados magnéticos, protegidos pelo escudo. Chegaram à proa de bombordo e desceram até o tubo inferior de freio do lado de estibordo.
–Um cascalho embutiu-se no tubo.
–Nós o atropelamos – disse Marcos olhando a enorme bola vermelha que era o seu destino e que apesar da velocidade, parecia parada no espaço – se fosse num tubo traseiro, ia achar que era uma ogiva nuclear que sobrou sem explodir.
–Nem brinque Marcos – seria o cúmulo que, mais isto, fosse por causa deles...
–Estamos bem longe deles agora, Aldo, esqueça isso!
–Tem razão.
–É isso aí, Aldo, atropelamos uma pedra que ia à mesma direção que nós, senão, o escudo inteligente a teria repelido. Tive

–Certo. Olhe por onde caminha.
A observação parecia absurda, mas não era. Realmente era muito difícil caminhar pela superfície da lua, ou do lado de fora de uma nave espacial sem olhar para cima. Era impossível ser cego ao maravilhoso espetáculo de estrelas que havia acima e ao redor. Corria-se o risco de bater em algo ou enfiar o pé no buraco de um tubo secundário lateral... Ou no cano de descarga da privada.
*******.
Após uma hora retornaram. Tiraram os trajes e foram à ducha. Entretanto, Lúcio comprovou o estado do tubo recém desentupido e o estado dos outros três dando saída aos gases, já que aproveitaram a ocasião para verificar todos antes da chegada ao seu destino, quando poderiam precisar de toda a potência dos freios. Após o banho, Marcos retornou à ponte, e Aldo, que já não tinha mais vontade de voltar a dormir, acompanhou-lhe. Lúcio, atento aos instrumentos, notou uma leve variação. Dedilhou no terminal e o instrumento foi ligado no sistema.–Aldo, observe o gravitómetro, mexeu-se!
–Isso significa que nossa viagem está chegando ao fim.
–Estamos dentro do campo gravitacional de Marte?
–Estamos bem próximos.
–Ótimo! Precisamos desligar o automático, pois Marte vai nos puxar cada vez com mais força, aumentando nossa velocidade, que já é enorme.
–Vamos pela ladeira abaixo – observou Aldo.
De imediato fizeram as verificações de praxe e os cálculos no simulador da manobra que deveria ser realizada para diminuir a velocidade e entrar em órbita.
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