Mundos Paralelos - Capítulo 9-9.13
28 de dezembro de 2013
–Estejam atentos, porque se aproxima uma grande tormenta de pó. Chegará ao amanhecer. Mais ou menos três horas e meia. Manteremos o contato.
Elvis ordenou alarme geral, ligar o escudo e avisar o Acampamento Vurián.
–Será melhor agüentar firme – disse Elvis – as tormentas sempre têm ocorrido e os nativos as têm suportado sem maiores problemas...
–Decolarei antes – disse Marcos – Desliguem o escudo para sair.
A Antílope estava abastecida desde ontem e o container em órbita, repleto de material para a Terra. As garotas foram acordadas às duas e meia da manhã para despedir-se da amiga. Bárbara, ainda sonolenta, beijou sua irmã gêmea entre lágrimas, abraçou as amigas e embarcou.
A nave decolou e após a fumaça se dissipar, Elvis comunicou-se com o Líder Vurián:
–Enviaremos os veículos. Nós ficamos, os alojamentos são bem resistentes.
–Como queira. Sei que vocês são duros.
–Essa será medonha – disse Lon Vurián, descendo do veículo – É das grandes!
–Estamos então, na época das tormentas?
Aldo e Lon na torre de controle viram a escuridão aproximar-se e os primeiros grandes vegetais, arrancados do canal, voando a grande altura como penas. Logo a areia e os galhos a açoitaram as linhas energéticas do escudo, soltando faíscas. Antes de uma hora o céu ficou completamente negro e ao redor da base acumulou-se a areia, em tudo quanto o vento não conseguiu arrancar. Desde Dheimos, os observadores atentos disseram:
–Não invejamos vossa situação.
Em Hariez o pó depositava-se nos cultivos e no fundo dos lagos. Na urbe, os hariezanos contemplavam amedrontados através das janelas, como o pó se acumulava na rua. Infelizes os que foram pegos desprevenidos à intempérie. O pó provocou-lhes terrível morte, entrando na boca e nos olhos.
Agora se revelava aos terrestres, outro aspecto de Marte, planeta sem chuva, porém tormentoso, de solo ressequido e ventos provocados pelas diferenças de temperatura do ar e do solo. As tormentas de pó cumpriam sua função fertilizadora, levando sementes a locais distantes, por isso havia sempre vestígios de vegetação por todos os extensos desertos do planeta.
As duas da manhã; o observatório de Dheimos comunicou-se com a base:
–Estejam atentos, porque se aproxima uma grande tormenta de pó. Chegará ao amanhecer. Mais ou menos três horas e meia. Manteremos o contato.
Elvis ordenou alarme geral, ligar o escudo e avisar o Acampamento Vurián.
–Poderíamos parar essa tormenta em qualquer momento, se quisermos, com uma bomba de meio megaton – disse Boris.
–Será melhor agüentar firme – disse Elvis – as tormentas sempre têm ocorrido e os nativos as têm suportado sem maiores problemas...
–Decolarei antes – disse Marcos – Desliguem o escudo para sair.
A Antílope estava abastecida desde ontem e o container em órbita, repleto de material para a Terra. As garotas foram acordadas às duas e meia da manhã para despedir-se da amiga. Bárbara, ainda sonolenta, beijou sua irmã gêmea entre lágrimas, abraçou as amigas e embarcou.

–Enviaremos os veículos. Nós ficamos, os alojamentos são bem resistentes.
–Como queira. Sei que vocês são duros.
*******.
Pelas cinco da madrugada; o vento começou a assoviar, levantando pó, e pelo sudeste a nuvem vermelha ocultava o horizonte. No leste, onde o sol deveria nascer, era uma pavorosa escuridão que se aproximava rapidamente.
–Essa será medonha – disse Lon Vurián, descendo do veículo – É das grandes!
–Se você o diz... – disse Aldo.
–A tormenta do ano passado não era tão assustadora.
–Quanto tempo demora?
–Mais ou menos dois dias, deste lado do mundo. Apenas o que demora em passar. Depois, ao noroeste, ela se desfaz nas Montanhas Agulhas.
–Estamos então, na época das tormentas?
–Sim. Uma grande, depois umas pequenas, e por último uma grande. Do outro lado do mundo são mais duradouras, ao que me consta.

Aldo e Lon na torre de controle viram a escuridão aproximar-se e os primeiros grandes vegetais, arrancados do canal, voando a grande altura como penas. Logo a areia e os galhos a açoitaram as linhas energéticas do escudo, soltando faíscas. Antes de uma hora o céu ficou completamente negro e ao redor da base acumulou-se a areia, em tudo quanto o vento não conseguiu arrancar. Desde Dheimos, os observadores atentos disseram:
–Não invejamos vossa situação.
Em Hariez o pó depositava-se nos cultivos e no fundo dos lagos. Na urbe, os hariezanos contemplavam amedrontados através das janelas, como o pó se acumulava na rua. Infelizes os que foram pegos desprevenidos à intempérie. O pó provocou-lhes terrível morte, entrando na boca e nos olhos.
Agora se revelava aos terrestres, outro aspecto de Marte, planeta sem chuva, porém tormentoso, de solo ressequido e ventos provocados pelas diferenças de temperatura do ar e do solo. As tormentas de pó cumpriam sua função fertilizadora, levando sementes a locais distantes, por isso havia sempre vestígios de vegetação por todos os extensos desertos do planeta.
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