Mundos Paralelos - Capítulo 9-9.10
9-9.10
20 de dezembro de 2013.
Sem perceber que a linha de tempo tinha sido mudada doze dias atrás; já que aparentemente tudo estava normal; decolaram rumo à Terra a Procion, a Audaz e a Prometeo; a fim de trazer materiais indispensáveis. Após a partida, Aldo e o professor Von Kruger conversaram:
–É vital enviar essas naves à Terra, professor. Precisamos materiais.
–Mas aqui temos tudo o que precisamos... Ou não?
–Não temos, não. Não fazemos computadores, sistemas de controle, sensores, radares, rádios, câmeras de TV e toda a parafernália eletrônica vital para nosso uso diário e para as naves e aviões que fabricamos.
–Podemos aproveitar as fábricas dos marcianos e a mão de obra...
–Podemos, e já estamos trabalhando nesse sentido, mas ainda faltarão muitos anos para que eles consigam atingir nosso estágio e criar o que precisamos. É mais fácil trazer matrizes para que eles possam fabricar certos produtos, inclusive armas.
–Claro – concordou von Kruger. Seu rosto iluminou-se:
–Por falar em armas, ainda pretende voltar à Terra para a justa desforra?
–Claro que sim. Mas agora temos tempo de sobra para isso.
–Estamos cômodos aqui. Podemos planejar. Quais os materiais que virão?
–Coisas simples, como ferramentas; instrumentos ópticos de precisão, relógios, voltímetros, manômetros e tudo o que não podemos fabricar aqui. É uma enorme lista de 500 páginas de space-fax que enviei ao Dr. Valerión para preparar tudo antes das naves chegarem à Lua. Entre outras coisas há material de escritório, computadores de última geração, robôs de montagem, material cirúrgico, remédios, roupa, trajes espaciais, motores, munição, armas; inclusive material de limpeza.
–Isso é fundamental, isto já é uma pequena cidade... – observou o professor.

–Já pensou que precisamos barbeadores, creme e escovas dentais, sabonetes, papel higiênico e até absorventes íntimos para as mulheres?
–Claro, não fabricamos essas coisas! E quanto à alimentação?
–Marte começou a produzir comida e há planos de longo prazo, os cultivos hidropônicos são excelentes e produzimos comida sintética à base de fermento, mas precisamos ainda coisas que não produzimos aqui... Carne, trigo, arroz, açúcar, sal, leite em pó, chá, café, refrigerantes, cerveja, vinho... Inclusive erva-mate.
–Erva mate?
–É uma espécie de chá. Há gente aqui que tem por hábito tomar essa infusão típica de América do Sul, principalmente argentinos, uruguaios e brasileiros do sul...
–Ja. Devemos diversificar a alimentação. Certamente, tudo isso poderá ser produzido aqui no futuro...
–Mas até lá dependemos da Terra para abastecer-nos dessas coisas, professor. Calculei que precisamos trinta naves robôs para trazer tudo.
–Como pagará tudo isso?
–As naves vão carregadas com prata marciana trabalhada para o museu, ouro, diamantes de Phobos, urânio de Dheimos, espécimes raros e valiosos, armas marcianas para nossos soldados, vimanas modificadas e protótipos de CH-II para que Valerión inicie a produção. Além disso, fotos, filmes, bancos de dados e descobertas científicas que são coisas que não têm preço...
–Concordo. Quando poderemos dispor do material?
–A Terra está cada vez mais longe e apesar de que os motores são mais rápidos, será demorado. Talvez entre 20 de fevereiro e 10 de março do próximo ano, depende de Valerión reunir tudo no prazo.
–Então deveremos adiar a viagem a Júpiter para depois dessa data.
–Para a Hércules há tudo o que se precisa. Inclusive já está testada, abastecida, aprovisionada e armada. O problema é a segunda nave, a Vingador.
–Gostei do nome.
–Foi idéia de Lúcio, ele a comanda. Mas ainda não está pronta. Falta material e a montagem está parada por falta de peças.
–Mas todas as nove naves da classe Hércules têm componentes marcianos...
–Ainda assim não conseguimos concluir a segunda nave, professor.
–Odeio me repetir, Kapitan, mas não seria melhor adiar a partida?
–Não há necessidade. Partiremos antes que chegue o material e uma vez lá esperaremos o Lúcio na Vingador para nos dar apoio.
–Então a expedição independe da chegada do material, mas se a Hércules...
–É a mais completa astronave jamais fabricada por nós, e me aventuro a dizer que por ninguém, professor. Não se preocupe, ela pode sustentar a tripulação por dois anos sem abastecimento, está equipada para tudo tipo de pesquisa científica e está poderosamente armada inclusive com armas marcianas.
–E a tripulação?
–Tenho uma lista em estudo, mas só a revelarei no dia 24, professor.
–E para as outras?
–Nada foi definido, mas deverão ir nativos na terceira nave da classe Hércules, a Milenium, que será comandada pelo meu cunhado Leif.
–É vital enviar essas naves à Terra, professor. Precisamos materiais.
–Mas aqui temos tudo o que precisamos... Ou não?
–Não temos, não. Não fazemos computadores, sistemas de controle, sensores, radares, rádios, câmeras de TV e toda a parafernália eletrônica vital para nosso uso diário e para as naves e aviões que fabricamos.
–Podemos aproveitar as fábricas dos marcianos e a mão de obra...
–Podemos, e já estamos trabalhando nesse sentido, mas ainda faltarão muitos anos para que eles consigam atingir nosso estágio e criar o que precisamos. É mais fácil trazer matrizes para que eles possam fabricar certos produtos, inclusive armas.
–Claro – concordou von Kruger. Seu rosto iluminou-se:
–Por falar em armas, ainda pretende voltar à Terra para a justa desforra?
–Claro que sim. Mas agora temos tempo de sobra para isso.
–Estamos cômodos aqui. Podemos planejar. Quais os materiais que virão?
–Coisas simples, como ferramentas; instrumentos ópticos de precisão, relógios, voltímetros, manômetros e tudo o que não podemos fabricar aqui. É uma enorme lista de 500 páginas de space-fax que enviei ao Dr. Valerión para preparar tudo antes das naves chegarem à Lua. Entre outras coisas há material de escritório, computadores de última geração, robôs de montagem, material cirúrgico, remédios, roupa, trajes espaciais, motores, munição, armas; inclusive material de limpeza.
–Isso é fundamental, isto já é uma pequena cidade... – observou o professor.

–Já pensou que precisamos barbeadores, creme e escovas dentais, sabonetes, papel higiênico e até absorventes íntimos para as mulheres?
–Claro, não fabricamos essas coisas! E quanto à alimentação?
–Marte começou a produzir comida e há planos de longo prazo, os cultivos hidropônicos são excelentes e produzimos comida sintética à base de fermento, mas precisamos ainda coisas que não produzimos aqui... Carne, trigo, arroz, açúcar, sal, leite em pó, chá, café, refrigerantes, cerveja, vinho... Inclusive erva-mate.
–Erva mate?
–É uma espécie de chá. Há gente aqui que tem por hábito tomar essa infusão típica de América do Sul, principalmente argentinos, uruguaios e brasileiros do sul...
–Ja. Devemos diversificar a alimentação. Certamente, tudo isso poderá ser produzido aqui no futuro...
–Mas até lá dependemos da Terra para abastecer-nos dessas coisas, professor. Calculei que precisamos trinta naves robôs para trazer tudo.
–Como pagará tudo isso?
–As naves vão carregadas com prata marciana trabalhada para o museu, ouro, diamantes de Phobos, urânio de Dheimos, espécimes raros e valiosos, armas marcianas para nossos soldados, vimanas modificadas e protótipos de CH-II para que Valerión inicie a produção. Além disso, fotos, filmes, bancos de dados e descobertas científicas que são coisas que não têm preço...
–Concordo. Quando poderemos dispor do material?
–A Terra está cada vez mais longe e apesar de que os motores são mais rápidos, será demorado. Talvez entre 20 de fevereiro e 10 de março do próximo ano, depende de Valerión reunir tudo no prazo.
–Então deveremos adiar a viagem a Júpiter para depois dessa data.
–Para a Hércules há tudo o que se precisa. Inclusive já está testada, abastecida, aprovisionada e armada. O problema é a segunda nave, a Vingador.
–Gostei do nome.
–Foi idéia de Lúcio, ele a comanda. Mas ainda não está pronta. Falta material e a montagem está parada por falta de peças.
–Mas todas as nove naves da classe Hércules têm componentes marcianos...
–Ainda assim não conseguimos concluir a segunda nave, professor.
–Odeio me repetir, Kapitan, mas não seria melhor adiar a partida?
–Não há necessidade. Partiremos antes que chegue o material e uma vez lá esperaremos o Lúcio na Vingador para nos dar apoio.
–Então a expedição independe da chegada do material, mas se a Hércules...
–É a mais completa astronave jamais fabricada por nós, e me aventuro a dizer que por ninguém, professor. Não se preocupe, ela pode sustentar a tripulação por dois anos sem abastecimento, está equipada para tudo tipo de pesquisa científica e está poderosamente armada inclusive com armas marcianas.
–E a tripulação?
–Tenho uma lista em estudo, mas só a revelarei no dia 24, professor.
–E para as outras?
–Nada foi definido, mas deverão ir nativos na terceira nave da classe Hércules, a Milenium, que será comandada pelo meu cunhado Leif.
*******.
Compre Mundos Paralelos volume 1 clicando aqui.
Comentários
Postar um comentário
Responderei a todos os comentários.
Não se acanhe por causa da moderação. Se gostou, comente. Se não gostou critique, mas critique com criatividade, assim pode ser que seu comentário permaneça no blog por tempo suficiente para todos verem.
(As opiniões dos comentários não necessariamente refletem as minhas e às vezes nem as do autor dos comentários...)