Mundos Paralelos - Capítulo 7-7.3
7-7.3
Sexta feira, 28 de junho de 2013. Ao amanhecer.
Os antárticos do acampamento marciano viram descer a Antílope e resolveram voltar.
Além dos astronautas de serviço, técnicos e cientistas, sobrou pouca gente no Ponto de Apoio, apenas Aldo e Inge, Lúcio e Eva, Marcos e Bárbara, Nico e Tama; e Regina sem Boris; que em missão, partira à frente da caravana de veículos e a viagem seria demorada.
Testavam um novo tipo de roupas de abrigo e por primeira vez a pele seria exposta à inclemência da atmosfera marciana. Os trajes eram similares aos usados em Antártica; com aquecimento e capuzes com máscaras em vez de capacetes completos. O ambiente era semelhante ao do Himalaia e precisavam aclimatar-se.
Além do mais, os novos trajes (aproveitando os jocosos comentários de Regina na expedição anterior), permitiam urinar e defecar no chão, economizando água e energia da latrina dos carros. Ao partir, no dia 25, Boris dissera:
–Agora sim poderemos demarcar nosso território, Regina. De trinta em trinta quilômetros, paramos e damos uma boa urinada!
–Levem bastante cerveja, machões – respondera a bem-humorada psicóloga.
Eram as nove da manhã e tomavam café. Agora todo estava parado, quieto na base, até que chegassem os 400 colonos; aí sim, tudo seria agitação.
–Devemos aproveitar o tempo livre – disse Aldo.
–Estou de acordo – disse Regina – o que podemos fazer para divertir-nos?
–Tenho vontade de conhecer a Ikeya-Maru por dentro – disse Eva.
–Pediremos a Chiyoko que nos mostre a nave – disse Aldo – há tempo que desejo conhecê-la. Dos nossos, o único que entrou nela foi Andrés.
–Andrés disse que está decorada ao estilo japonês – comentou Lúcio.
–O saberemos logo – disse Regina – olhem pela janela.
Lá fora, aproximava-se a pequena figura de Chiyoko. Apesar do traje e a pouca gravitação, ela não perdeu o seu encanto oriental de caminhar. Logo se abriu a eclusa.
–Buenos días para todos – disse a jovem em espanhol.
–Tomou café? – perguntou Regina.
–Tomei chá. Gracias – disse Chiyoko pendurando o capacete.
–Falávamos de conhecer sua nave por dentro – disse Lúcio.
–Quando queiram.
–Hoje é sexta-feira e temos o fim de semana inteiro para vadiar – disse Eva.
–Sexta-feira...? Até perdi a noção do tempo. Vamos?
–Não contem comigo – disse Marcos – nem com Bárbara nem Tamara; temos muito que fazer. Vamos para o canal com Lon Vurián e Danai.
–Nem comigo – disse Nico – há exame médico mensal e trabalho até anoitecer.
–Ficarei com você – disse Eva.
–Não, Eva. Vá passear, precisa descansar. A Dra. Yashuko fica no seu lugar e de passo aprendo um pouco de medicina oriental.
–Iremos... Eva, Inge, Lúcio e eu – disse Aldo.
–Também quero ir – disse Regina – desde que Boris foi viajar ao outro lado do mundo estou mais entediada do que uma ostra.
–Seremos seis – disse Aldo – os únicos desocupados do Ponto de Apoio.
–Atingimos o máximo, querido – disse Regina – o luxo da preguiça!
Mundos Paralelos ® – Textos: Gabriel Solis - Arte: André Lima.Além dos astronautas de serviço, técnicos e cientistas, sobrou pouca gente no Ponto de Apoio, apenas Aldo e Inge, Lúcio e Eva, Marcos e Bárbara, Nico e Tama; e Regina sem Boris; que em missão, partira à frente da caravana de veículos e a viagem seria demorada.
Testavam um novo tipo de roupas de abrigo e por primeira vez a pele seria exposta à inclemência da atmosfera marciana. Os trajes eram similares aos usados em Antártica; com aquecimento e capuzes com máscaras em vez de capacetes completos. O ambiente era semelhante ao do Himalaia e precisavam aclimatar-se.
Além do mais, os novos trajes (aproveitando os jocosos comentários de Regina na expedição anterior), permitiam urinar e defecar no chão, economizando água e energia da latrina dos carros. Ao partir, no dia 25, Boris dissera:
–Agora sim poderemos demarcar nosso território, Regina. De trinta em trinta quilômetros, paramos e damos uma boa urinada!
–Levem bastante cerveja, machões – respondera a bem-humorada psicóloga.
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Eram as nove da manhã e tomavam café. Agora todo estava parado, quieto na base, até que chegassem os 400 colonos; aí sim, tudo seria agitação.
–Devemos aproveitar o tempo livre – disse Aldo.
–Estou de acordo – disse Regina – o que podemos fazer para divertir-nos?
–Tenho vontade de conhecer a Ikeya-Maru por dentro – disse Eva.
–Pediremos a Chiyoko que nos mostre a nave – disse Aldo – há tempo que desejo conhecê-la. Dos nossos, o único que entrou nela foi Andrés.
–Andrés disse que está decorada ao estilo japonês – comentou Lúcio.
–O saberemos logo – disse Regina – olhem pela janela.
Lá fora, aproximava-se a pequena figura de Chiyoko. Apesar do traje e a pouca gravitação, ela não perdeu o seu encanto oriental de caminhar. Logo se abriu a eclusa.
–Buenos días para todos – disse a jovem em espanhol.
–Tomou café? – perguntou Regina.
–Tomei chá. Gracias – disse Chiyoko pendurando o capacete.
–Falávamos de conhecer sua nave por dentro – disse Lúcio.
–Quando queiram.
–Hoje é sexta-feira e temos o fim de semana inteiro para vadiar – disse Eva.
–Sexta-feira...? Até perdi a noção do tempo. Vamos?
–Não contem comigo – disse Marcos – nem com Bárbara nem Tamara; temos muito que fazer. Vamos para o canal com Lon Vurián e Danai.
–Nem comigo – disse Nico – há exame médico mensal e trabalho até anoitecer.
–Ficarei com você – disse Eva.
–Não, Eva. Vá passear, precisa descansar. A Dra. Yashuko fica no seu lugar e de passo aprendo um pouco de medicina oriental.
–Iremos... Eva, Inge, Lúcio e eu – disse Aldo.
–Também quero ir – disse Regina – desde que Boris foi viajar ao outro lado do mundo estou mais entediada do que uma ostra.
–Seremos seis – disse Aldo – os únicos desocupados do Ponto de Apoio.
–Atingimos o máximo, querido – disse Regina – o luxo da preguiça!
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