Mundos Paralelos - 21 de julho de 1969 – época atual.

Pru Atol-7752 passou algumas dificuldades para atravessar as barreiras da Suprema Confederação; dentro de cuja esfera está nosso Sistema Solar, uma espécie de reserva indígena composta por planetas que outrora foram colônia raniana; mas permitiram-lhe passar. Dirigiu-se para Calisto, onde por merecimento sua família possuía a concessão agrícola das luas, que eram um território milkaro encravado na esfera da Suprema Confederação. Este merecimento e outros privilégios, os milkaros possuíam devido à heróica luta de Milkar contra Alakros em defesa dos remanescentes de Ran, vários milênios atrás. Após cumprir suas obrigações em Calisto, Pru-7752 resolveu visitar a Terra. Tinha curiosidade por conhecer o mundo que originara aquela raça notável; descendente direta dos ranianos; que morava nas luas de Vurón. Raça esta, que em poucos anos organizara-se de maneira incrível, trabalhando sem parar, dominando o vôo espacial, construindo excelentes espaçonaves e apresentado combate aos piratas, que em vista disso diminuíram seus ataques. Não atacavam mais as fazendas, porém limitaram-se a atacar naves de transporte. Quando Pru-7752, na sua ida à Terra passou perto da Lua, deparou-se com uma nave rudimentar, orbitando em torno da mesma. Seus instrumentos lhe indicaram um ponto biológico de carbono dentro da pequena nave. Um exame mais detalhado da superfície da Lua lhe indicou a presença de outra pequena nave e dois pontos de vida caminhando na superfície. Isto lhe indicou que a ex-colônia raniana, embora com atraso, estava recuperando a viagem espacial. Mas os terrestres das luas de Vurón estavam bem mais adiantados do que os seus antigos inimigos que estavam aí embaixo. Embora seus estudos sobre o planetinha azul tenham lhe indicado que a guerra terminara há tempo, ele não podia determinar a reação dos exilados ou dos seus inimigos, se por ventura chegassem um dia a Júpiter. Pru resolveu apenas ver os seres de perto e depois ir à Terra para dar outra olhada, bem maior, para quando retornasse às luas, poder dar um relatório aos seus protegidos, nos quais confiava por merecimento; e que foram os primeiros da sua espécie em ir ao espaço. Pru não esquecia que seu pai tinha-os ajudado no passado.
Enquanto isso, na Lua, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, chocados, apavorados, perante o enorme disco, grande como uma cidade que pairava sobre eles; não atinavam a falar nem se mover.
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