Mundos Paralelos - Capítulo 7-7.7
7-7.7
18 de julho de 2013.
Primavera no norte marciano.
À distância, percebe-se uma faixa de vegetação que se aproxima, alimentada pela água subterrânea, do degelo do Pólo Norte.
O acampamento ferve de atividade. Há tropas marcianas acampadas, tanques, canhões capturados e equipamentos diversos.
O sítio continua tão violento como antes, apesar de que a linha de abastecimento foi cortada à altura da Havern Umbr pela patrulha que Lon Vurián deixou dias atrás.
Está na hora de romper o cerco novamente para reforçar a patrulha com soldados descansados. À frente de uma coluna de cinqüenta blindados pesados, Lon sai pelo portão principal disparando com todas as armas e rompendo o cerco.
Not já não sabe o quê fazer, se perseguí-los ou permanecer, o que é indiferente, porque já não é operante. As forças legalistas dão a impressão de serem um bando de mendigos querendo assaltar uma fortaleza.
O chão e o ar começam a adquirir umidade e uma camada de musgo avança, vinda do norte.
Aldo ordena apressar a devastação do solo ao redor da base, que está parecendo uma torre de Babel não concluída.
O concreto impedirá a penetração da vegetação rasteira. O poço de água verte sozinho. Os marcianos dizem que no verão boreal secar-se-á, por isso há que estocar água. O satélite mostra o canal desbordando.
A ponte flutuante foi destruída pela água e arrastada ao sul. Agora o Líder Not não tem como receber munição, energia nem alimentos. Está isolado completamente.
Compreendendo isto, Lon Vurián retorna ao Ponto de Apoio para a batalha final.
Sobraram-lhe menos de dois mil soldados e cinqüenta e cinco blindados intactos; que passam a engrossar a máquina de guerra rebelde.
De Hariez chega informação de que o governo mandou suspender os combates; mas que isso não significa o fim das hostilidades.
Outra notícia, desta vez da rádio Darnián captada na base terrestre; disse que se Hariez tenta atravessar de novo o Magta Ers com armas, Darnián enviará tropas à região.
Aldo percebeu que se Darnián declara a guerra a Hariez, o local tornar-se-á incômodo para permanecer, e assim o fez saber ao seu amigo Lon.
–Não é para preocupar-se, Aldo. Não pode haver guerra antes do verão porque o Magta Ers não pode ser atravessado na primavera. As tropas de Hariez não têm como chegar aqui, ao contrário das de Darnián. O mais importante seria confraternizar agora mesmo com os darnianos até o verão chegar.
–Sim, tem razão. Como sugere, será melhor que nós e vocês façamos amizade com os darnianos – disse Aldo com olhar sombrio – Caso contrário...
–Caso contrário...?
–Serei obrigado a exterminar-lhes as espécies, tanto a Hariez como a Darnián...
À distância, percebe-se uma faixa de vegetação que se aproxima, alimentada pela água subterrânea, do degelo do Pólo Norte.
O acampamento ferve de atividade. Há tropas marcianas acampadas, tanques, canhões capturados e equipamentos diversos.
O sítio continua tão violento como antes, apesar de que a linha de abastecimento foi cortada à altura da Havern Umbr pela patrulha que Lon Vurián deixou dias atrás.
Está na hora de romper o cerco novamente para reforçar a patrulha com soldados descansados. À frente de uma coluna de cinqüenta blindados pesados, Lon sai pelo portão principal disparando com todas as armas e rompendo o cerco.
Not já não sabe o quê fazer, se perseguí-los ou permanecer, o que é indiferente, porque já não é operante. As forças legalistas dão a impressão de serem um bando de mendigos querendo assaltar uma fortaleza.
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20 de julho.
O chão e o ar começam a adquirir umidade e uma camada de musgo avança, vinda do norte.
Aldo ordena apressar a devastação do solo ao redor da base, que está parecendo uma torre de Babel não concluída.
O concreto impedirá a penetração da vegetação rasteira. O poço de água verte sozinho. Os marcianos dizem que no verão boreal secar-se-á, por isso há que estocar água. O satélite mostra o canal desbordando.
A ponte flutuante foi destruída pela água e arrastada ao sul. Agora o Líder Not não tem como receber munição, energia nem alimentos. Está isolado completamente.
Compreendendo isto, Lon Vurián retorna ao Ponto de Apoio para a batalha final.
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22 de julho.
Querendo evitar mais mortes, o Líder Not rende-se ao Líder Vurián, no final da tarde.Sobraram-lhe menos de dois mil soldados e cinqüenta e cinco blindados intactos; que passam a engrossar a máquina de guerra rebelde.
De Hariez chega informação de que o governo mandou suspender os combates; mas que isso não significa o fim das hostilidades.
Outra notícia, desta vez da rádio Darnián captada na base terrestre; disse que se Hariez tenta atravessar de novo o Magta Ers com armas, Darnián enviará tropas à região.
Aldo percebeu que se Darnián declara a guerra a Hariez, o local tornar-se-á incômodo para permanecer, e assim o fez saber ao seu amigo Lon.
–Não é para preocupar-se, Aldo. Não pode haver guerra antes do verão porque o Magta Ers não pode ser atravessado na primavera. As tropas de Hariez não têm como chegar aqui, ao contrário das de Darnián. O mais importante seria confraternizar agora mesmo com os darnianos até o verão chegar.
–Sim, tem razão. Como sugere, será melhor que nós e vocês façamos amizade com os darnianos – disse Aldo com olhar sombrio – Caso contrário...
–Caso contrário...?
–Serei obrigado a exterminar-lhes as espécies, tanto a Hariez como a Darnián...
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(Próximo post de Mundos Paralelos em 27/01/2012)
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