Mundos Paralelos - Capítulo 7-7.1

7-7.1
Capítulo VII
20 de junho de 2013.

Leif e Inge estão reunidos com Aldo e seus irmãos.


–A Antares está pronta – disse Elvis – Qual será nossa missão?


–Phobos e Dheimos.


–Não sei se vale a pena gastar tempo, naves, gente e material nessas pedras...


–Não há nada lá – disse o irmão de Inge.


–Sei disso – concordou Aldo – mas nosso dever é vasculhá-las.


–O quê devemos esperar encontrar por lá? – perguntou Elvis.


–Procurem minério. Phobos é maior, está mais perto e é um local estratégico para construir uma base permanente de embarque e depósito, além de uma usina, se tiver minério.


–E Dheimos? – perguntou Marcos.


–Montem uma estação transmissora nele, que está mais longe. Nossos satélites domésticos deixam a desejar quanto à potência. Servirá para monitorar a Terra.


–Vou levar gente da Ikeya-Maru. Estou só com cinco tripulantes.


–Claro Elvis. Quem?


–O filho de Fuchida e o professor Terasaki, com suas esposas.


–Yoko é geóloga, será útil. Como se entenderá? Não falam em espanhol...


–Falaremos em inglês. Quando parto?


–Hoje mesmo.


Ao anoitecer a Antares partiu para as luas e foi vista da base marciana por Lon Vurián e Danai, que sentados no teto do carro admiravam o céu estrelado.

*******.

24 de junho.
A geóloga japonesa encontrou minério de titânio em Dheimos, a pequena lua que os nativos chamam em sua língua Uio. A bordo da Antares há uma festa na sua honra, os antárticos nunca pensaram que teriam tanta sorte, já que consideravam que a exploração das luas era perda de tempo. Depois de marcar o local, eles prosseguem, pois o que se procura é urânio ou similares, para gerar energia vital.
*******.


25 de junho.
Boris resolveu organizar uma expedição sobre rodas.


–Seis caminhões de areia com reboques, o Cascavel para escolta e o Auto-N.


–O Auto-N é rápido demais, Boris. Além do mais preciso dele aqui.


–Não importa, Aldo. Tenho bastante transporte.


–Quantos irão? Não me deixe com pouca gente.


–Comigo 38. Vurián me empresta dois carros e oito guias.


–Para onde vão?


–Para o noroeste, onde caiu a Viking I, se é que caiu aí, e depois virar para o sudoeste, rumo a fenda de Vallis Marineris, que dá de cem a zero no Grand Canyon. Segundo o pai de Lon Vurián, lá está Angopak, um reino interessante, subterrâneo.


–Tenha cuidado, Boris. Não faça loucuras. Precisamos de todos os amigos que possamos conseguir.


–Confie em mim.

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