Mundos Paralelos - Capítulo I - 1.24

1.24
Logo estavam em suas tarefas, Marcos estabeleceu o rumo à Lua, para deixar o Dr. Valerión. Este e Aldo reuniram-se no camarote do último.
–A Lua é ainda mais segura do que Antártida e trabalhará muito e tudo o mais. Mas o que me preocupa é deixá-lo aqui. Quando virá conosco?
–Quando estiver preparado. Quero acabar meus projetos, juntar gente que recusou a Marca e salvá-la deste mundo em dissolução. O ano que vêm a situação vai piorar.
–Mais do que já está?
–Segundo meus amigos do Esquadrão Shock; eles vão proclamar “deus” o nefasto Grande Irmão; esse maldito Anticristo, e vão fazê-lo adorar como tal. Isso quer dizer que haverá uma guerra cataclísmica, um Armagedon. Então será muito bom que vocês, minhas crianças, estejam longe disto.
–Mas doutor, e você?
–Estarei bem. Não voltarei mais para a Terra. Ficarei na Lua até poder seguir em frente, atrás de vocês. Talvez num ano ou dois. Quem sabe?
–Isso é tempo demais sem a sua presencia. Sentiremos sua falta. Após todos estes anos trabalhando juntos acho que até aprendemos a ler-nos o pensamento.
–Todos estes anos nos preparam para este momento. Vocês vão para Marte e eu para meu laboratório fortificado e secreto na Lua. Cada um para seu trabalho. Em pouco tempo irei atrás de vocês.
–Sentirei falta dos seus conselhos...
–Acho que já te dei todos. Eu te preparei para ser um Líder, agora já o és, deverás comandar a raça humana antártica na conquista do espaço vital para nosso povo, essa é a tua missão. Não sou mais necessário como líder. Devo poder trabalhar livre sem preocupar-me por vocês. Quando for reunir-me contigo já serás um líder reconhecido pelos que te seguirão. Então seguirei tuas determinações; tu serás o Líder e eu apenas um simples cientista, como deve ser. Deves cumprir o que se espera de ti, com tudo que se fez para preparar-te, educar-te, treinar-te; isso sem contar com a complicada eugenia do teu nascimento...
–Vamos entrar na órbita lunar – disse Marcos interrompendo a conversa.
–Não é necessário – disse o cientista – Abordarei meu avião, mantenham a velocidade para poupar combustível.
Valerión despediu-se de todos. As moças derramaram algumas lágrimas que flutuaram pela ponte antes de serem sugadas pelos condutos de ventilação. Depois desceu pelo escotilhão para as dependências inferiores; acompanhado por Lúcio e Boris, até a escotilha que comunicava com o container. Ajudado pelos amigos, entrou no corredor vertical que comunicava com o mini-hangar do mesmo. Em seguida entrou no avião, o qual foi solto por Lúcio, com o que, começou a afastar-se da nave, enquanto Boris fechava a escotilha. Minutos depois, em direção à Lua, o pequeno avião se fez tão pequeno que quase não se enxergou mais à simples vista.
*******.

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Mundos Paralelos ® – Textos: Gabriel Solis - Arte: André Lima.

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